Criminosos incendiaram na tarde desta segunda-feira (23) pelo menos 35 ônibus na zona oeste do Rio de Janeiro, o maior número de coletivos incendiados na história segundo o Rio Ônibus, Sindicato das Empresas de Ônibus da cidade . Há reflexos nos bairros de Guaratiba, Inhoaíba, Paciência, Cosmos e Santa Cruz. As vias dos bairros foram impactadas.
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que o município entrou em estágio de mobilização às 16h50 desta segunda-feira, devido aos ataques a ônibus na zona oeste. O estágio de mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade.
A ação é uma retaliação pela morte em uma troca de tiros com a polícia do miliciano conhecido como “Faustão” ou “Teteu”. Ele era o braço direito e sobrinho do miliciano Zinho. A prisão dele foi confirmada pelo governador Cláudio Castro em suas redes sociais. De acordo com Castro, o suspeito detido atuava como "homem de guerra" da principal milícia da Zona Oeste da capital e é responsável por disputas recentes violentas que, nas palavras do governador, aterrorizam moradores no Rio.
O prefeito Eduardo Paes publicou que lamenta a interrupção dos serviços de transporte na Zona Oeste para prevenir a queima de mais ônibus. E apelou ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que impeçam que fatos assim se repitam.
A Mobi-Rio, empresa pública que opera o sistema de ônibus expressos BRT, informou que, por questão de segurança, as linhas que circulam no corredor Transoeste foram suspensas temporariamente.
A Supervia, que administra o sistema de trans, também fechou algumas estações que atendem a região atingida.